Oliveira
Fatos sobre alérgenos, sintomas e tratamento


Conhecidas por suas folhas únicas, verdes escuras de um lado e prateadas do outro, as oliveiras são árvores subtropicais perenes.1 Suas flores são polinizadas pelo vento e produzem grandes quantidades de pólen.2 Originalmente cultivada em todo o Mediterrâneo, onde o pólen da oliveira é reconhecido como uma das causas mais importantes de alergia respiratória sazonal, as oliveiras estão agora espalhadas pela maioria das regiões subtropicais do mundo.2-4

Onde as oliveiras são encontradas?

Embora as oliveiras provavelmente tenham se originado no Mediterrâneo, elas agora são encontradas na maioria das regiões subtropicais, como vários locais na Espanha, Itália, Turquia, Tunísia, Marrocos e Portugal.1,3

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Como fazer um teste de alergia

Existem outros alérgenos que poderiam me sensibilizar?*

Muitos pacientes com alergia a oliveiras podem apresentar sintomas quando expostos a outros alérgenos, como o pólen de árvores, ervas daninhas e gramíneas, o que torna difícil determinar qual deles está causando os sintomas, principalmente quando as temporadas de pólen se sobrepõem. Isso é chamado de reatividade cruzada e ocorre quando o sistema imunológico do corpo identifica proteínas ou componentes em substâncias diferentes como sendo estruturalmente semelhantes ou biologicamente relacionadas, desencadeando uma resposta. Outros alérgenos respiratórios que podem causar reações associadas à alergia ao pólen de oliveira incluem os pólens de freixo, lilases e ligustro, e alergia limitada com pólen de outras árvores, ervas daninhas e gramíneas.7

Se você sentir coceira na boca ou garganta depois de comer frutas frescas ou verduras cruas, é possível que você tenha uma síndrome de alergia oral (SAO), às vezes chamada de síndrome da alergia pólen-alimento (SAPA). Esse quadro é causado por uma reação do sistema imunológico a proteínas ou componentes semelhantes encontrados em diferentes alérgenos. Isso é muito comum, sendo que até 25% das crianças portadoras de rinite alérgica (também conhecida como febre do feno) também apresentam a SAO.7 Alimentos vegetais comuns e materiais associados à SAO por alergia ao pólen de oliveira incluem látex e frutas como pêssego, pera, melão kiwi, banana, abacaxi.10

Conhecer as proteínas ou componentes de cada alérgeno que estão desencadeando os sintomas pode ajudar a orientar seu plano de controle. Com isso em mente, e com base no histórico de sintomas, o médico pode sugerir algo chamado teste de IgE específica para componentes de alérgenos, que pode revelar outros pólens aos quais você pode reagir. Os resultados desse teste também podem ajudar o médico a decidir se a imunoterapia alérgeno-específica pode reduzir seus sintomas.7

Os resultados do teste de IgE específica para componentes de alérgenos já estão prontos?

Os resultados do teste de componente incluirão o nome dos componentes (uma série de letras e números). O médico provavelmente analisará os resultados com você, mas aqui você também encontra uma análise rápida que pode ser usada como referência. Basta associar os nomes dos componentes com a lista abaixo para ver o que eles significam para o controle dos sintomas.

rOle e 1

  • Indica sintomas causados pelo pólen de oliveira e freixo.7
  • O paciente pode ser considerado para imunoterapia com pólen de oliveira.7

 rOle e 7, nOle e 9

  • Os sintomas de alergia ao pólen podem ser causados por pólens arbóreos, de ervas daninhas, gramíneas ou pólen de outras árvores além da oliveira e do freixo.7
  • Em áreas de alta exposição às oliveiras, a alergia a rOle e 7 e nOle e 9 foi associada ao aumento da gravidade da alergia ao pólen.7

rBet v 2, rBet v 4

  • Os sintomas de alergia ao pólen podem ser causados por pólens de qualquer árvore, planta daninha ou gramínea. 7
  • Se você apresentar algum sintoma de SAPA a maçãs, cerejas, avelãs, etc., a causa pode ser uma alergia ao pólen de bétula.7

Os resultados do teste devem ser interpretados pelo médico, no contexto de seu histórico clínico. O diagnóstico final e a decisão de controle adicional são feitos pelo médico.

*É possível que esses produtos não estejam liberados para uso médico no seu país. Converse com o médico para entender a disponibilidade.

Como é possível controlar a alergia?

O controle da rinite alérgica inclui evitar os alérgenos relevantes e realizar o tratamento sintomático e a imunoterapia com alérgeno.6,8,9

  • Verifique as contagens locais de pólen todos os dias e limite o tempo fora de casa quando as contagens de pólen arbóreo estiverem altas. A chuva ajuda a eliminar o pólen do ar e, portanto, o melhor momento para sair é depois de uma boa chuva.
  • Peça que outras pessoas façam as tarefas ao ar livre sempre que possível. Se não puder evitá-las, use uma máscara antipólen. 
  • Mantenha as janelas fechadas e use ar condicionado em seu lugar.
  • Lave as roupas de cama pelo menos uma vez por semana em água quente com sabão.
  • Lave suas roupas após atividades ao ar livre e seque todas elas na secadora em vez de estendê-las em varais em áreas externas.
  • Tome banho e lave os cabelos todos os dias antes de ir dormir, para manter o pólen longe da sua cama.
  • Escove os animais de estimação para remover o pólen antes de deixá-los entrar em casa.
  • Certifique-se de que todos tirem os sapatos antes de entrar em sua casa.
  • Use filtros antialérgicos e antiasma certificados.
  • Tratamento farmacológico, que inclui anti-histamínicos, corticosteroides, descongestionantes e lavagem com soro fisiológico.
  • Imunoterapia alérgeno-específica, conforme orientação médica.

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Sintomas comuns

Os sintomas de alergia a oliveiras podem ser semelhantes a diversas outras alergias a pólen e incluir:5,6

  • Espirros
  • Congestão nasal
  • Coriza
  • Olhos lacrimejantes
  • Coceira nos olhos e garganta
  • Chiado no peito

Se uma pessoa apresentar sensibilização a oliveiras e tiver asma, o pólen das árvores pode desencadear ou exacerbar sintomas de asma, como a tosse e o chiado no peito.5,6

Como saber se tenho alguma alergia?*

Junto com seu histórico de sintomas, o teste cutâneo ou o exame de sangue para IgE específica podem ajudar a determinar se você apresenta sensibilização a um alérgeno específico. Se você tiver um diagnóstico de alergia, o médico criará um plano de controle junto com você.

*É possível que esses produtos não estejam liberados para uso médico no seu país. Converse com o médico para entender a disponibilidade.

Temporada de pólen

Embora os pólens arbóreos sejam comuns na primavera, as oliveiras normalmente polinizam de abril a maio.3,5

  1. Encyclopedia Britannica [Internet]. Chicago: Encyclopedia Britannica Inc.; 2019 May 1. Disponível em: https://www.britannica.com/plant/olive-plant.
  2. Guerin J, Sedgley M. Cross-pollination in olive cultivars. Australian Government Rural Industries Research and Development Corporation. 2007 Oct:1. Disponível em: http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.606.2306&rep=rep1&type=pdf.
  3. Tropicos.org [Internet]. St. Louis, MO: Missouri Botanical Garden. 2020 Sep 26. Available from: http://legacy.tropicos.org/Name/23000814?projectid=32.
  4. Liccardi G, D'Amato M, D'Amato G: Oleaceae Pollinosis: A Review. Int Arch Allergy Immunol 1996;111:210-217. doi: 10.1159/000237370.
  5. American College of Allergy, Asthma & Immunology [Internet]. Arlington Heights, IL: American College of Allergy, Asthma & Immunology; 2014 [2018 Apr 23]. Disponível em: https://acaai.org/allergies/types/pollen-allergy.
  6. Roberts, Graham & Xatzipsalti, M & Borrego, Luis & Custovic, Adnan & Halken, Susanne & Hellings, Peter & Papadopoulos, Nikolaos & Rotiroti, G & Scadding, Glenis & Timmermans, Frans & Valovirta, Erkka. (2013). Paediatric rhinitis: Position paper of the European Academy of Allergy and Clinical Immunology. Allergy. 68. 10.1111/all.12235.
  7. Matricardi PM, Kleine-Tebbe J, Hoffmann HJ, Valenta R, Hilger C, Hofmaier S, Aalberse RC, Agache I, Asero R, Ballmer-Weber B, Barber D, Beyer K, Biedermann T, Bilò MB, Blank S, Bohle B, Bosshard PP, Breiteneder H, Brough HA, Caraballo L, Caubet JC, Crameri R, Davies JM, Douladiris N, Ebisawa M, EIgenmann PA, Fernandez-Rivas M, Ferreira F, Gadermaier G, Glatz M, Hamilton RG, Hawranek T, Hellings P, Hoffmann-Sommergruber K, Jakob T, Jappe U, Jutel M, Kamath SD, Knol EF, Korosec P, Kuehn A, Lack G, Lopata AL, Mäkelä M, Morisset M, Niederberger V, Nowak-Węgrzyn AH, Papadopoulos NG, Pastorello EA, Pauli G, Platts-Mills T, Posa D, Poulsen LK, Raulf M, Sastre J, Scala E, Schmid JM, Schmid-Grendelmeier P, van Hage M, van Ree R, Vieths S, Weber R, Wickman M, Muraro A, Ollert M. EAACI Molecular Allergology User's Guide. Pediatr Allergy Immunol. 2016 May;27 Suppl 23:1-250. doi: 10.1111/pai.12563. PMID: 27288833.
  8. Asthma and Allergy Foundation of America [Internet]. Arlington, VA: Asthma and Allergy Foundation of America; 2019 Apr 9. Disponível em: https://community.aafa.org/blog/tips-for-preventing-allergic-reactions-to-tree-and-grass-pollen.
  9. Mayo Clinic [Internet]. Rochester, MN: Mayo Foundation for Medical Education and Research; 2020 Apr 16. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/hay-fever/in-depth/seasonal-allergies/art-20048343.
  10. Popescu F-D. Cross-reactivity between aeroallergens and food allergens. World J Methodol 2015 June 26; 5(2): 31-50